Oláaaa leitores lindos!
Quem estava com saudade dos textos do Magrão??? ( \o/ )Pois hoje vamos resolver isso. Nosso amigo se mudou recentemente para a Bélgica e diante de tantas mudanças que ele teve que se adaptar, é claro que ficar parado não iria ajudar... Então no texto de hoje ele mostra um pouquinho disso pra gente, claro, daquela maneira gostosa de ler, e "linkando" numa reflexão bem bacana no final que só lendo pra saber! ;)
Por Jeverton Ledo
Sim, eu desci as escadas do sótão.
Os dias desse lado estão mais curtos. Nesta época, são raros os dias com sol. O
clima frio não desacelera o ritmo, tem um charme nas ruas. Gorros, casacos e
cachecóis ditam a moda.
Nosso novo cantinho nos coloca em
casa, nossa casa. Na sala, um sofá-cama acolhedor, as janelas estão nuas e
permitem um olhar panorâmico para a rua quieta e aconchegante em meio a igrejas
e seus vitrais, prédios modernos com suas estruturas metálicas.
Vamos sendo moldados, conduzidos
a repensar, reavaliar, a prestar atenção em cada pequeno detalhe dessa
convivência e vivência multicultural. Gestos simples, ações singelas, troca de
ideias e encontros diários com rostos, suas marcas, seus sonhos, desilusões e –
por que não? -, para muitos, um refúgio. Refúgio esse que abre a perspectiva de
dias mais leves, longe da fome, do descaso e da guerra.
São espaços que se abrem e
permitem o lançar de nosso próprio olhar sobre essa nova experiência. Nos
juntamos e fazemos coro aos imigrantes e expatriados.
A cultura é “respirável” por
aqui, está em cada esquina, esculpida em cada prédio, talhada nas ruas,
simbolizada no coração dos moradores que conhecem sua história. Guardam as
lembranças do passado e lançam as sementes do futuro.
Seria a pintura de um quadro
digno de ser admirado e reverenciado por mim, um produto do “terceiro mundo”?
“Terceiro mundo” sobrevivente , tentando sobreviver.
Ouço gritos, rumores de guerra,
e, sim, lama, muita lama. Não estou atrasado e muito menos pegando carona nas
últimas postagens. Me sinto, na verdade, no meio de um caminho que me parece
sem volta. Fui eu picado pelo pessimismo? Não, mil vezes não!
Quero lutar e permanecer ao lado
dos remanescentes, dos sonhadores, dos “pequenos príncipes”, de olhar singelo e
apaixonado, enxergando beleza na, por vezes, única flor de meu pequeno planeta.
Mas para onde segue nosso barco?
Para onde vamos nesse desenfrear de desrespeito, intolerância, desmandos? Parem
tudo, humanos! eu os chamei humanos; isso ainda faz algum sentido? Sim,
sentido. Não será esse o ponto? Redescobrir, ressignificar, lançar uma nova
semente?
A pergunta é: ainda existe
terreno fértil? Terreno esse que acolherá e frutificará a generosidade, o
respeito, o diálogo. Lança-se o desafio de darmos as mãos da convivência
equilibrada, sonhada e recriminada por aqueles que hoje fazem tudo e se
esquecem do simples.
Fica então a reflexão, a deixa, para deixarmos o pessimismo de lado, e não desistirmos das coisas boas, aquelas que deixam o mundo melhor. Sejamos assim, para que o lugar onde vivemos, também seja!
Fiquem com Deus
Beijos
Carola Isabel Pucci
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